Estes bolinhos chamados de "beijinhos" fazem-me relembrar minha infância, minha avozinha paterna. Sempre que íamos visitá-la, a Maceira ( terra onde nasci ) tinha sempre um saquinho destes bolinhos para me dar.
Era a minha avó Augusta sempre um sorriso e uma palavra meiga, era baixinha e vestia sempre de cores escuras, um lenço cobria seu cabelo.
Minha avó nasceu em Nelas e meu avô era de Cepões. Quando o trabalho começou a ser precário, eles migraram para Maceira. Foi ali onde meu pai nasceu e eu também.
Depois mais tarde meu pai fez igual, com idade de 31 anos, em 1966, emigrou para França procurando uma vida melhor para a família.
Hoje dei uma volta ao passado. é bom o relembrar, podia dizer que era bom tempo, tinha ainda minha avó, era jovem. Mas até não era. Eram tempos difíceis, duros, com uma ditadura.
Emigrar também foi duro, difícil, nisso prefiro não relembrar, porque ainda hoje é algo sensível.
Mesmo se for viver em Portugal depois de reformado, sei que passei uma vida cheia de saudades do meu Portugal.
2 comentários:
Quando era mais jovem comprava e comia desses bolinhos às "carradas". Ainda hoje os adoro.
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Saudações cordiais
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Pensamentos e devaneios poéticos
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Fico encantado com a tua narrativa.
Os avós criaram em nós momentos que o tempo não afasta.
Também me lembro e há muito que não os cato, vou ter que buscar.
Grande abraço de vida, querida amiga.
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