quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Um dia depois de ontem...

A morte é sempre "tabu". Custa muito ouvir falar nela. Sabemos que um dia ela chegará, mas não queremos pensar nisso. E Falar nela, faz-nos relembrar que ela existe mesmo. Só quando ela nos toca é que recordamos como ela é, o que ela pode ser, sem saber exactemente se é mesmo o que pensamos que seja. Ontem uma mulher no meu serviço, decidiu "dar o passo" enquanto a ajudava a deitar-se. Só durou um quarto de hora, fiquei ali, dando-lhe a mão. Ela não sofreu, acho que nem deu por ela. Fiquei ali....pouco podia fazer, senão dar-lhe a mão...Por isso ontem fiquei gelada ao sair do hospital. Hoje a familia veio a mim, seu familiar não se tinha ido "sozinha" como acontece quase sempre. Estiva lá, dando-lhe a mão.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Um dia do meu dia-a-dia


Ao sair do trabalho, um vento e um frio sibérico me chamou a realidade. Sai depressa do hospital, quase fugi, precisava de respirar ar puro. Peguei no carro, liguei o radio, estava a musica de Pretty Woman, meti a musica a fundo, forte; para calar a dor que estava ainda em mim. Foi mais um dia daqueles que não gosto, que não quero. Naquele momento precisava de me por num canto sozinha e chorar...

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O Natal a porta...


O Natal foi sempre um dia cheio de magia. Deveria ser sempre aquele dia em que todas as crianças ficassem com os olhos a brilhar, alegres e  felizes. Quando era pequena esse Pai Natal sempre me decepcionou, nunca soube ler nos meus sonhos. Até cheguei a escrever-lhe para não se esquecer de mim. Mas ao final o resultado era sempre o mesmo.
Estes anos passados essa festa passou a ser muito comércial, sem espirito, ficou sem alma. Perdeu-se nos tempos e no coração dos homens e das crianças.
Com esta crise, vamos ter de fazer cortes, serão nos brinquedos, mas tambem no vestir e na comida. Será um Natal sem "trema" como diria aqui em França.
Vamos retornar aos tempos mais antigos...Vai ser uma festa triste para muitos.  Quero é que esse dia passe depressa; é sempre um periodo do ano dificil  a ultrapassar. A solidão se fera ainda muito mais sentir.