Olhando para trás, tantos anos passaram, desde de sempre que me lembro fui sempre um pouco rebelde. Nunca gostando de fazer igual aos outros. Fazendo tudo sempre da melhor maneira mas a minha maneira.
Desde sempre gostei da solidão, sou uma solitária e só assim consigo ser feliz, sem esperar nada de ninguém senão de mim.
O Fernando Pessoa tinha vários homônimos, não sei o porquê, nunca procurei saber. Também não me comparo a ele, cada um de nós é único.
Mas até consigo perceber, pois eu também sou diferente conforme o que estou fazendo. Quando cuidava dos meus filhos, era aquela Mulher/Mãe, depois trabalhei, era Mulher/Trabalhadora. Sinto-me uma mulher diferente conforme aquilo que estou fazendo.
Existem várias mulheres na mulher que sou. Quando faço algo concentro-me plenamente naquilo e sou aquele eu, naquele momento. Parece que saio de mim e visto-me conforme a atividade.
O que não muda é o meu coração, minha empatia, generosidade, doçura e gentileza.
Assim sou eu, e não vou mudar.