sábado, 30 de janeiro de 2010

2 de fevereiro...dia da "Chandeleur" e dia do meu Pai


2 de fevereiro...é o dia da "Chandeleur" por cá em França;
é o dia onde se faz as crepes.

Também é o dia do meu pai, onde ele ferá 75 anos.
Meu pai é "tudo" para mim...é "meu pai".
Se estou aqui no meio de vocês a escrever e a vos ler, é graças a ele.
Ele me ensinou a lingua de Camões.
Na altura em que cheguei a França em 1967, tinha 6 anos,
ainda não havia cursos de português para os filhos de emigrantes.

Uma parte do meu pai morreu já faz 10 anos;
era a melhor parte dele.
Foi pena...
Ele era muito divertido, gostava muito de brincar com seus netos, de conviver com todos. Também gostava de cuidar do seu quintal,
onde havia sempre de tudo todo o ano.

Dez anos atraz teve varios AVC'S e um mais forte, apanhou o do lado direito.
Quer dizer que ficou sem a fala e esta paralisado toda a parte direita.


O amor da minha vida está sofrendo
ele me deu a luz, amor, e o saber
Hoje ele está sofrendo
e pouco lhe posso dar
se pudesse pai, te daria a saúde
essa saúde que já não tens
eras a vida, espalhavas a alegria
hoje continu o caminho
traçado por ti
para que teus netos o sigam
tenho uma dor no meu peito
é a dor de te ver sofrendo.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Desejada sombra


Clara ausência esta linha deserta!
Tudo me vem ao olhar

e tudo do olhar desaparece:


árvores despidas, os ramos ao vento

e os dias destonados em redor da selva.

Secos e morrem.

Levados pelo escurecer das tardes.

Agora só o silêncio me espera

quando sinto a ausência de uma palavra
que sempre tiveste para dar-me

Alvaro de Oliveira (Baladas de Orvalho)

Alvaro de Oliveira tem seu blog na net... Os dias imprecisos...podem l
á ir espreitar.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Em nada fiquei



Tudo a minha volta estremeceu,
as paredes fendilharam se
o chão abriu se de baixo dos pés
enquanto palavras voaram
em tempestadas e trovões
o céu obscureceu
e o inferno a minha frente
abriu se
sinti desfazer me em cinzas
só a agua de lagrimas
ensaiaram de apagar o tormento
vi o mundo desaparecer
e em nada fiquei.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Solidária com o povo de Haiti


Aqui deixo a minha solidariedade
ao povo de Haiti.
Um povo que tem sofrido bastante,
e em nada precisava tal acontecimento.

A vida pode acabar amanha,
seja para quem for.
Não somos nada neste mundo....

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Depois da tempestada, uma acalmia ao quentinho...

Tão Mulher - Pedro Barroso.wmv - Watch more Videos at Vodpod.


Até que enfim, esta semana acabou.
Estava a ver que não chegava ao fim dela.
Foi ela que acabou comigo. Por cá,
o mau tempo continua como na maior parte da Europa.
Hoje, duas horas antes de despegar começou de novo a nevar.
Sai em plena tempestada com vento, neve e frio.
A estrada recoberta dum manto de 10 cm,
estava linda, estava mesmo.
Amanha era para sair "fazer os saldos",
que começaram esta quarta feira.
Acho que os saldos vão esperar para a semana;
amanha e depois serão dois dias cá dentro,
bém ao quentinho.
Aqui deixo este video para escutar este fim de semana.

Um grande beijo a todos !

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Há dias assim...e que pensar da eutanásia ? Alguém tem o direito de decidir da vida duma pessoa ?


O fim do ano foi intenso, sem férias, acabou por tornar-se cansativo.
Dois doentes no serviço faleceram um dia de Natal e outro dois dias antes.

A eutanásia andou no ar das nossas reflexões.
Eu que anos atrás era a favor dela;
hoje deixei de o ser.
Penso que não deve existir nenhuma lei pela a eutanásia.
A eutanásia já se pratica em casos onde os médicos
e o pessoal de saúde acha que deve ser.
Já tivemos doentes quase a morrer, a sofrer bastante e "reviver"...
e se a familia tivesse pedido a eutanásia nesse caso, vendo o sofrimento da pessoa ?


Ontem a noite, duas horas antes de despegar,
a neve começou a cair,
as árvores ficaram logo todas branquinhas.
Parecia algodão a cair do céu.
Um céu branco como a neve que caia.
Como era domingo a noite, as estradas não foram limpas,
vir para casa foi um grande momento de medo.
O carro escorregou algumas vezes,
não trevou quando queria.
Como era domingo a noite,
havia pouca gente nas estradas,
tinha-a toda para mim.
Uma estrada branquinha, imaculada...
atrás de mim,
deixei meu rasto...