Faz 43 anos, sai de Portugal. Emigrei sem saber, sem querer, sem comprender …tinha 6 anos.
Meu pai, depois de ter ficado sozinho 8 mêses, fui buscar nos, minha mãe, meu irmão com 1 ano de idade e eu. Ainda me lembro dessa viagen de comboio. Nossas malas e sacos, meu irmão mal andava, tinha de andar o colo..imaginem, minha mãe com uma mala dum lado e meu irmão o colo do outro, meu pai também carregado e eu ali no meio sem saber o que estava a acontecer…o mais complicado era as mudanças de comboio e em Paris..tivemos de mudar de estação..
Na estação de Bordeus, chegamos la de manhazinha, fomos muito bém acolhidos, pessoas vinham a nos com pequenos almoços : leite, café, chocolate e croissants..
Me lembro também dum momento inesquecivel, foi um momento de grande medo…meus pais tinham nos metido num comboio enquando foram buscar todas nossas coisas, o comboio começou a ir embora e eles sem chegarem perto de nos…foi a vez que mais gostei de os ver aparecer…foi o grande mêdo da minha vida.
16 comentários:
Vidas quase paralelas...
Faz 42 anos que por cá ando, parece que foi ontem e passou toda uma vida...
Vim de libre vontade, mas de algum modo movido pelas circunstancias que nos marca a vida.
Excelente narração, beleza e humanidade na descrição das cenas, até emociona!
Porque não escreves um livro com essas vivências? Seria algo belo para deixar para sempre... que opinas?
Abraços de vida
Duarte,
Se escrevesse um livro, tinha muito de contar; tive uma vida diferente duma vida dita "normal"...
Mas não saberia escrever um livro, seria muito dificil...meu português é muito rudimentario...
Sou te muito reconhecida por me leres, por gostares e por me encorajares...
Um beijo Duarte...
Para descobrir Paris
perca-se em Paris
Olá Lena.
Quanto é difícil a vida, onde todos escrevemos páginas e páginas de história! E tudo se circunscreve a uma frase simples:
Os nossos pedaços de quase tudo.
Mas como diz Fernando,Pessoa:
«Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.»
Um beijo
de certeza que foi um garnde medo/susto!
tanto tempo já por aí... e vai-se fazendo a vida, dia após dia, ano após ano, a sonhar em regressar cada vez que o mar te embala...
ele está lindo, e o sol apetece imenso nete imenso areal...
beijinhos
O teu português, apesar de não ser o melhor, nem sequer é importante.
Porque o que de facto marca o teu post são as vivências que tiveste e que tão bem descreves no teu texto.
Deves ter muitos episódios para contar, que seriam interessantes se os publicasses.
Querida amiga Lena, um resto de dia feliz.
Beijos.
Olá Lena, belo relato de uma vida dificil....
Beijos
É emocianante ler, para quem não viveu nem nunca sentiu o medo do desconhecido. Infelizmente tantos portugueses que foram obrigados a passar por essas vivências, mas é com elas que nos fazemos mais fortes e talvez sem elas não seríamos os mesmos! Parabéns Lena por partilhares connosco, de uma forma tão ternurenta essa parte da tua vida!
Beijo
Existem momentos que ficam retidos na nossa mente para todo o sempre
beijinhos
Curioso.
Também para lá fui em 67, Abril.
Talvez por um desses dias próximos.
Desejo-lhe bom fim de semana
Lena, anima-te que eu ajudo, fazer-te-á bem e é algo muito bonito para os teus.
Um dos livros que já escrevi vai dentro dessa linha "Recordar é viver", está em português y em castelhano. Está tudo feito por mim, incluída a maquetação, menos a impressão, excepto uma de prova que a fiz eu.
Vais escrevendo um pouco cada dia... se queres que seja cronológico segues essa ordem se é só para momentos muito concretos, também, eu encarrego-me do resto. É algo que me agrada enormemente e agora tenho tempo.
Bom estou a escrever um romance, vai um pouco lento, e a finalizar três livros de poesias e artigos curtos...
Ademais estou a fazer uma tradução do castelhano para o português dum poeta valenciano António Martinez i Ferrer
Beijinhos
*
anima-te, menina,
,
olha
estou a cantar a Linda,
não deixa de ser um simbolo,
quer se queira ou não !
,
Ele canta fados tristes e tradicionais
O Português que deixou seu Portugal
E como aqui a chuva p'ra ele é demais
Ele vai pensando ao sol do seu país natal
,
conchinhas Nazarenas,
com um bonito Sol e
um banho de areia que apanhei,
está uma fera Nortada . . .
,
*
Duarte,
Essa ideia de escrever para os meus até é bonita. Escrever um livro é OBRA, e para ja não sinto a força para isso.
A ideia ira seguir seu caminho e até quem sabe pode la chegar...
Vamos deixa la germinar.
Para alguém com tempo, vejo que te ocupas bém e fazes bém.
Beijinhos
Lena, agora o tempo é meu, sou senhor absolto do meu tempo, enquanto poder.
O que te proponho é de coração.
Amanhã vou ver-me com o meu cunhado Enrique. Fiz no blog algum post dele. É um jornalista de temas musicais, tem um programa que é o mais antigo de Espanha sobre música actual, "DISCOMODER" sempre no mais actual. Acaba de escrever um libro com as experiências de toda uma vida. Fiz a maquetação e amanhã vamos começar a pensar na parte estética. Tudo isto faz parte daquilo que foi a minha profissão e precisamente o que mais me agradava. Para mim é uma distracção e ademais um prazer imenso.
Bom, quando considerares oportuno já dirás algo, serás bem secundada.
Anima-te!
Beijinhos
Duarte,
Obrigada pela tua proposição, e acredita que vou pensar nela; sei que seria bém secundada, so que eu ainda sou pessima a escrever o português.
Não sei escrever por escrever; so sei escrever por grande motivação...isso seria uma grande motivação...
Faz de conta que so aprendi a escrever o português desde 2005...
Vou precisar ainda de algum tempo para aperfeiçoar a lingua.
Um livro é algo de bonito, e se tivesse a sorte de fazer Um, queria que fosse bom; por isso ainda tenho de esperar algum tempo.
Obrigada Duarte por me incentivares assim...tanto...
Beijinhos
Vim à procura de novo post... mas não há...
Bom resto de semana.
Um beijo, querida amiga.
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