segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Em nada fiquei



Tudo a minha volta estremeceu,
as paredes fendilharam se
o chão abriu se de baixo dos pés
enquanto palavras voaram
em tempestadas e trovões
o céu obscureceu
e o inferno a minha frente
abriu se
sinti desfazer me em cinzas
só a agua de lagrimas
ensaiaram de apagar o tormento
vi o mundo desaparecer
e em nada fiquei.

22 comentários:

Obras & Autores disse...

Olá, Lena!
Um poema forte, ao que creio, decorrente de acontecimentos trágicos ainda recentes.
Ao mesmo tempo,transfigura uma ideia do fim... a praga que cairá, no dizer do profeta, sobre a civilização.
Um tema pertinente, que é mensagem, com as palavras precisas para a percepção das coisas.
Afinal, a pura descrição daquilo que corre no mais fundo do teu âmago.
Um beijo do Álvaro

Fernando Santos (Chana) disse...

Olá Lena, belo poema....
Beijos

Mar Arável disse...

As dificuldades

estimulam a resistência

Bjs

A.S. disse...

Lena...

Tudo é tão frágil!!!
Por isso o minuto presente é sempre o mais importante...


Beijos...

L e n a disse...

Alvaro de Oliveira,

Palavras sentidas dum momento
vivido,
em que vi e senti o que escrevi...

Um momento a esquecer...

Escrevi porque meu blog serve a esvaziar o que ha em mim.

Um beijo Alvaro

L e n a disse...

Fernando Santos (Chana),

não sei se se pode dizer que é belo...

Beijos

L e n a disse...

Mar Aravel,

Tems toda a razão Eufrazzio;
foi tocando no fundo do abismo,
onde vi por onde pegar para resistir a esse inferno.

Beijos

L e n a disse...

A.S.,

Sabes que ha minutos para esquecer, que podem parecer uma eternidade...

A vida é frágil, é verdade...
vou pegar me a ela...

Beijos...

gaivota disse...

amanhã já nada há...
ou no instante que se segue à última palavra,ao último olhar!
ninguém é nada nem ninguém,
apenas uma breve passagem neste percurso que chamamos de "vida"
tantas vezes tão erradamente percorrida!
beijinhos

Luna disse...

tantos momentos tristes , difíceis, onde a mão da vida não pode dar vida, tu o vez tantas vezes, a impotência do ser humano perante a dor e a morte dos seus irmãos
beijinhos

Dia disse...

Olá Lena!
Vim deixar um beijinho

Ofarol disse...

Lena
Poema muito forte de quem vive... e convive com quem sofre... que muitas tristezas já patilhou... mas muitas alegrias também... é a vida..."somos muito pequeninos"...

Um beijo

L e n a disse...

Gaivota,

Ficam sempre manchas de instantes passados...
Ha palavras e ha au-dela das palavras...

Beijinhos

L e n a disse...

Multiolhares,

A vida é feita de momentos dificeis, seja no trabalho como pessoal...
E é preciso saber dar a volta a isto tudo...

Beijinhos

L e n a disse...

Dia,

Obrigada pela visita Dia..
outro beijinho para ti também.

L e n a disse...

Ofarol,

Carlos,
Foi um momento bém pessoal, não no trabalho...
onde vi meus pés se derrubarem de baixo de mim...minha vida vacilhar...
A vida tem dias assim....

Um beijo

utopia das palavras disse...

As fendas que se abrem, também abrem a força que do peito nos sai...para resistir e o nada,tornar-se-á semente para plantar!

beijo

poetaeusou . . . disse...

*
e da noite
se fez dia,
do vendaval
a bonança
e o amor
que não cansa
faz da dor
muita alegria . . .
,
conchinhas,
,
*

Duarte disse...

Belo nos sentires,
na expressão!
Triste realidade
duma situação.

Gostei da força que deste à palavra

Beijinhos

L e n a disse...

Utopia das Palavras,

Obrigada pelas tuas palavras Ausenda...
Mas essas fendas custam a fechar, deixam cicatrizes...e a todo momento podem reabrir.

Beijos

L e n a disse...

Poetaeusou,

A vida é como o mar,
as vezes aparecem aquelas tempestadas,
raremente tsunami's..
e depois volta o mar sereno..

Um beijo

L e n a disse...

Duarte,

é assim que gosto de escrever Duarte,
gosto de palavras fortes, sentidas;
seria melhor escrever sobre coisas mais alegres...
Mas a vida é feita de coisas tristes também.

Beijinhos