Esta volta a realidade foi tão brutal;
dei um salto de tão alto, e acabei por alajar-me.
Estes dias vou estar em casa a cuidar de mim.
Ja voltei há duas semanas e já parece uma eternidade.
Na minha mala vieram algums cheirinhos dai.
As chouriças, presunto e queijo;
o feijão e o grão de bico;
o bacalhau e o azeite feito na aldeia;
e alguma fruta que tinha la a volta da casa...umas ameixas deliciosas e algums pêssegos;
e claro o vinho verde, tinto e o do Porto.
No ultimo dia na Nazaré comprei meu saquinho de figos passados a uma peixeira ( se a peixeira nazarena não vende peixe, devemos a chamar peixeira na mesma ?).
Também não podia não trazer alguma musica e livros dai (o marido diz que gasto a fortuna dele nisso....deixa-lo dizer).
Também veio o sol e o azul do mar nos olhos;
o marulhar das ondas ainda está em mim.
E fico sempre com aquela imagen :
na terrassa do "Cubata" frente o mar saboreando minha bica.
E sobretudo ver o mar ao levantar-me quando abro os estores.