sábado, 11 de fevereiro de 2012

Dois Amantes


"Dois amantes ditosos fazem um só pão,
uma só gota de lua na erva,
deixam andando duas sombras que se reúnem,
deixam um só sol vazio numa cama...


De todas as verdades escolheram o dia....

não se ataram com fios senão com um aroma,
e não despedaçaram a paz nem as palavras...
A ventura é uma torre transparente...
O ar, o vinho vão com os dois amantes,
a noite lhes oferta suas ditosas pétalas,
têm direito a todos os cravos...


Dois amantes felizes não têm fim nem morte,

nascem e morrem muitas vezes enquanto vivem...
têm da natureza a eternidade"...


Pablo Neruda

4 comentários:

Dia disse...

Uito bonito este poema, faz-me recordar um livro que li há pouco tempo e vi tb o filme, são uma delicia....
Beijinhos

Mário Margaride disse...

Belo poema de Neruda!

Obrigado, Helena pela partilha.

Beijinhos e boa semana!

Mário

Mar Arável disse...

Um só pão

Duarte disse...

Grande Don Pablo.
Uma boa eleição, querida amiga.
Uma prueba más da tua sensibilidade.
Um grande abraço e a minha amizade