quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Perdi os Meus Fantásticos Castelos
Perdi meus fantásticos castelos
Como névoa distante que se esfuma...
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los:
Quebrei as minhas lanças uma a uma!
Perdi minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma...
- Tantos escolhos! Quem podia vê-los? –
Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma!
Perdi a minha taça, o meu anel,
A minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de ouro e pedrarias...
Sobem-me aos lábios súplicas estranhas...
Sobre o meu coração pesam montanhas...
Olho assombrada as minhas mãos vazias...
Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
7 comentários:
Muito belo
Florbela, e a arte de fazer sonetos de amor, dos que sangram.
Beleza no verso, na rima, desespero na alma.
Que domínio da metáfora, quase que não se nota!
Beijinhos
Tudo perfeito a foto e o belíssimo poema
florbela sempre tão única!
e que linda foto aqui deixas, lena!
beijinhos
ás vezes os castelos se desmoronam, mas sempre podemos voltar a reergue-los
beijinhos
Florbela... inimitável na poesia que nos deixou.
Querida amiga, bom resto de semana.
Beijos.
dói, no momento da derrocada. chora-se e aviva-se, ainda mais, tudo o que se desfaz, mas rega-se o que, desconhecido, está para nascer. acreditas?
há algo que quer encher, sentir as tuas mãos "vazias".
ergue um novo castelo.
escolher Florbela Espanca... é gostar de violetas e das suas palavras, "Grandes".
Enviar um comentário