Paris, duas da manha... Os ultimos cafés ainda abertos abaixam as tampas, apagam as luzes. Algumas pessoas saindo duma "soirée" o de um concerto vão de um passo apressado para casa. Naquele "quartier", o povo do "dia" está descançando, mergulhando nos seus sonhos, fantasmas e fantasias da noite. Agora lá fora, a noite abriu se sobre a "gente da noite". Aquela noite de junho está quase fria e a chuva não vai demorar a chegar. Mais vou caminhando pela as ruas, e mais o medo me aterroriza. Não é nos meus hábitos andar por ali, aquela hora. Um jovem mal vestido, drogado o bebêdo passa, repassa pertinho de mim, olhando para minha mala. Cada vez estou a ficar mais crispada, agarrando essa mala junta a mim. Ali um sem-abrigo está acordando e senta se, já com uma garrafa de vinho nas mãos; olhando para mim com um olhar de homen "perdido"; esse olhar me arrepia e entristece. De dia não se vê essa população. Ela acorda de noite, porque é de noite onde há mais perigo, mais riscos de agressões nessas pessoas.... A pergunta é "que faço eu ali?" Foi algo de errado que aconteceu.